sexta-feira, 4 de abril de 2008

Web 2.0


O termo Web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly e tem o seguinte conceito na wikipédia:
“Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva.”

Este termo, Web 2.0, é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web - tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. A ideia é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico e que os usuários colaborem para a organização de conteúdo.

Ou seja, a web 2.0 para se esclarecer como é mais na prática, ela funciona realmente de forma a que o usuário possa tirar o máximo de proveito possível dos softwares que estão a circular nela. Assim nela os softwares são eternos betas, pois há o objectivo de estarem continuamente a serem corrigidos, alterados e melhorados de acordo com o seu uso feito pelo usuário. Algumas aplicações Web 2.0 permitem a personalização do conteúdo mostrado para cada usuário, sob forma de página pessoal, permitindo a ele a filtragem de informação que ele considera relevante.

Consequentemente, com a evolução da web 2.0, os programas online estão cada vez melhores, indispensáveis e acessíveis. Editores de texto, publicadores, comunicadores, organizadores e muitos outros programas estão disponíveis na web.

Entende-se imediatamente pelo 2.0 que esta Web, este conceito, é uma melhoria, uma oposição até à expressão Web 1.0. Esta concepção, a melhorada, refere-se “…às páginas Web cuja importância se deve principalmente à participação de usuários.” (in Jornalismo 2.0 como sobreviver e prosperar, por Mark Briggs). Foi criada com o intuito de caracterizar as limitações tão características pertencentes ao desenvolvimento inicial da rede, tendo como base de contexto as páginas da Web, onde existem programas que realmente interferiam com a nossa privacidade, logo não a respeitando, como por exemplo a realidade de termos que fazer conta, log-in, para podermos ter acesso a certo conteúdo, informação.

Tem que estar claro que nem tudo estava mal com a antiga Web. Muitas empresas tradicionais, as pessoas numa tentativa de publicitação criaram imensas páginas Web (altura referida como “boom das ponto com”). Portanto estas empresas, estas corporativas, usaram a Web com finalidades de marketing, tentativa de arranjar mais população consumidora do seu produto, e com isto, muitas técnicas inovadoras na altura, actualmente ainda persistem, por exemplo: as newsletters enviadas por meio de correio electrónico e a customização do atendimento online, desenvolvida pela livraria virtual Amazon. Esta sobrevivência das experiências de inovação no plano de páginas de empresas na Web, foram o fundamental para uma segunda manifestação de tentativas, mais flexíveis, ou seja, com maior abertura às necessidades dos usuários e no sentido de fortalecer o poder que eles possuem.

Portanto este conceito está, como já referido, totalmente ligado a softwares do tipo código aberto, permitindo ao usuário maior controlo do que deseja obter na sua experiência na Web. “Os editores da Web estão criando plataformas ao invés de conteúdo. Os usuários estão criando conteúdo.” (in Jornalismo 2.0 como sobreviver e prosperar, por Mark Briggs).

Sites como wikipédia, eBay, youtube, Myspace, são o melhor exemplo de ilustração do que é a Web 2.0 e do poder que ela tem. Istop deve-se aos princípios que a nova era em que a Internet se encontra representa:

- Web sites que já não estão sujeitos apenas a um “depositar” de informação que funcionam numa só via, que estão sim, agora, à disposição dos usuários, são fontes de conteúdo e funcionalidade, sendo assim plataformas de computação que têm à disposição de cada um diversos aplicativos da Web. Existe interactividade entre próprio site e o utente, há troca d informação dos dois lados.

- «Um enfoque da criação e distribuição de conteúdos na Web caracterizada pela comunicação aberta, controle descentralizado, liberdade para compartilhar e re-combinar conteúdos, bem como o desenvolvimento da idéia de “mercado como uma conversa” (muitos para muitos). No modelo 1.0, um editor (seja um site de notícias ou um site pessoal no Geocities) colocava o conteúdo num site da Web para que muitos outros lessem, mas a comunicação terminava aí. O modelo 2.0 não apenas permite que “muitos outros” comentem e colaborem com o conteúdo publicado, como também permite que os usuários coloquem, eles mesmos, material original.» (in Jornalismo 2.0 como sobreviver e prosperar, por Mark Briggs).






Ao criarem softwares que usam informação da comunidade e permitem a interacção dos usuários, sites como os já referidos (wikipedia, youtube, etc) criaram na verdade armazéns que permitissem colocar a informação, ou seja, não criaram conteúdo próprio em si.

Enquanto o Google é bem conhecido pelo seu motor de busca, mas com o AdSense 2003, o Google passou a disponibilizar aos usuários “… a possibilidade de fixar os preços de anúncios que eles podiam colocar nos seus sites, usando um sistema tipo self-service.” (in Jornalismo 2.0 como sobreviver e prosperar, por Mark Briggs).

Portanto, quando um usuário põe um termo no motor de busca, a publicidade que o anunciante quer transmitir aparece, se o usuário de facto clicar nela, então aí o Google cobrará ao anunciante.

Outro óptimo exemplo de Web 2.0 com o Google são os mapas, que estão acessíveis a todos, isto é um dos serviços predilectos dos jornalistas, pois qualquer um pode copiar o software a fim de criarem notícias baseadas então nos mapas.

Esta abertura contrasta radicalmente com empresas como a Microsoft e AOL, que dominaram não esta era mas sim a da Web 1.0, onde tudo era propriedade privada e sob muito controlo.

Assim já pela base inicial, estes sites, o MySpace por exemplo acaba por ter se tornar, pela parte dos usuários, um objecto de Marketing eficiente para pessoas que precisam de serem mais visualizadas pelos outros para ter maior sucesso, ou até pelo mais tradicional de tentar arranjar cliente.

O Youtube tem até como slogan Broadcast Yourself (seja um comunicador), que é exactamente a base da Web 2.0, permitir aos usuários interacção entre os conteúdos que colocam. No entanto tem como desvantagem o facto de algumas pessoas se apropriarem do conteúdo de outras.

Também um fenómeno da Web 2.0 são os próprios tags, pois nesta nova era, os usuários usam os tags para inventariar ou até só mesmo para encontrarem conteúdos que eles próprios originaram.

“Os tags são escolhidos informalmente e não pertencem a nenhum esquema de classificação formalmente definido. Isto é chamado de folksonomia e é diferente de uma taxonomia, na medida em que a estrutura é definida pelos usuários e está mudando constantemente.” (in Jornalismo 2.0 como sobreviver e prosperar, por Mark Briggs).

Os navegadores da Web utilizam tags para partilhar sites com outros usuários que têm interesses idênticos no del.icio.us. Por exemplo, mesmo o Gmail, que é o serviço de e-mail do Google, permite a classificação por tags.


Com esta recorrência aos tags, criou-se o termo tag cloud (nuvem de tags), que consiste num sistema automático inserido em sites que permite visualizar as tags mais dominantes utilizadas pelos utentes da página.

Concluindo, a Web 2.0 consegue o que a Web 1.0 não conseguia, e que como hoje em dia toda a gente tem uma opinião sobre tudo, era realmente necessário isto ser possível, ou seja, a Web 2.0 “…usa intensivamente a sabedoria popular…” (in Jornalismo 2.0 como sobreviver e prosperar, por Mark Briggs). Isto está muito visível no site Digg, pois ele conta com os usuários para colocarem disponível e anunciarem artigos e notícias de outras páginas existentes na Web. E apesar dessas páginas de notícias não estarem prontas para serem transmitidas aos seus usuários, é necessário perceber aquilo que os leitores preferem no site e não apenas seguir pelo caminho mais tradicional do que é notícia.


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